22 de janeiro de 2010

Reflexão final sobre os textos relacionados.

A experiência de Sobral. Nos mostra que quando uma boa gestão ocorre faz uma diferença no sistema educacional.

[...] dispondo apenas dos recursos financeiros ordinários alocados pelo município para a educação, sem fugir à condição de dificuldades e decarências com que se defronta a maior parte dos municípios brasileiros(p.12) [...] na gestão municipal de 2001-2004, Sobral conseguiu resultados que indicam uma grande melhoria na qualidade da educação do município. A rede municipal de educação multiplicou por, pelo menos, dois, sua capacidade de fazer com que as crianças das séries iniciais do ensino fundamental aprendam a ler e escrever (INEP/MEC,2005, p.16).

Reafirmando que Sobral foi um bom exemplo de gestão municipal da educação como eu outros municípios também ocorreu. O papel dos lideres educacionais locais deveram aliar conhecimento, afeição e destreza para o trato com todos. Dependendo desse tratamento possibilita em inúmeras formas diferentes de gestão. A educação de um município esta diretamente ligada, acima de tudo, a novas ideias e aprendizagens, aliando-se pessoais e de instituições com ideias contrarias, pregando uma liderança “aberta” democrática, para que assim os projetos sejam unificados.


"É coisa óbvia que haja carência das áreas
municipais, mas é óbvio também que, tendo de
enfrentar suas dificuldades, elas as superarão e
só as enfrentando aprenderão a marchar".
Paulo Freire

Olhando para Sobral, para que se tenha o ambiente de uma “escola cidadã”, o professor precisa viver e atuar em conjunto com os cidadãos criando uma união entre escola e familiares, e assim se estende e passa pelos gestores e Secretaria Educacional. E assim cada um dando sua contribuição para forma ideias produtivas para a escola. Moacir Gadotti em seu projeto político pedagógico passa a ideia educação passando pela cidadania. Tratando da autonomia da escola dentro do seu projeto político pedagógico na questão da educação para a cidadania dentro da escola. Discutindo a concepção de escola cidadã.

“A autonomia e a gestão democrática da escola fazem parte da própria natureza do ato pedagógico. A gestão democrática da escola é, portanto, uma exigência de seu projeto político-pedagógico”. (Gadotti, p2. Projeto político pedagógico)

Para finalizar esta reflexão Ilma Passos Alencastro Veiga, em seu projeto político pedagógico relata a importância de uma boa organização para idealização do mesmo e assim começar de maneira correta para apresentar uma eficiência igual Sobral apresentou.

“Um Projeto Político Pedagógico corretamente construído ajuda a pensar um processo de ensino aprendizagem com melhor qualidade e torná-se possível de provocar mudanças.” (Veiga, 1996).

Bibliografia:

FREIRE, Paulo. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1995

INEP/MEC. Vencendo o desafio da aprendizagem nas séries iniciais : a experiência de
Sobral/CE. – Brasília : Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2005.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. Campinas. Papirus, 1996.

GADOTTI, Moacir. Projeto Político-Pedagógico da Escola.

14 de janeiro de 2010

Poema sobre planejar

Planejei
por toda vida contigo estar
Planejei
filhos um dia te dar
Planejei
Pra sempre te amar e te amar

Qual não foi minha surpresa...
Quando descobri...
que sozinha por anos
estive sozinha a planejar...

Fonte: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=40753

Este poema mostra que planejar e só pensar no que será feito. Não adianta, deve-se colocar em prática as ações cabíveis para assim chegar ao objetivo.

Planejamento

O ato de planejar faz parte da história do ser humano, pois o desejo de transformar sonhos em realidade objetiva é uma preocupação marcante de toda pessoa. Em nosso dia-a-dia, sempre estamos enfrentando situações que necessitam de planejamento, mas nem sempre as nossas atividades diárias são delineadas em etapas concretas da ação, uma vez que já pertencem ao contexto de nossa rotina. Entretanto, para a realização de atividades que não estão inseridas em nosso cotidiano, usamos os processos racionais para alcançar o que desejamos. Contando que pode ocorrer imprevistos no caminho o individuo deve contar com esses percausos, mas sempre focar seus objetivos.Portanto Planejamento é a destinação de recursos avaliados visando atingir determinados objetivos a curto, médio e longo prazos.

Reflexão sobre as entrevistas

As professoras entrevistadas mostraram que pelo visto são muitas as questões a serem debatidas com a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos. Afinal, não se trata apenas de transferir para as crianças de seis anos os conteúdos e atividades da antiga primeira série. É preciso considerar que essa alteração traz a necessidade de se pensar uma mudança na estrutura e na cultura escolar.As escolas devem se preparar para recebê-las: repensar a proposta pedagógica, os espaços da instituição, as salas de atividades, a rotina do grupo, a relação com os pais, o processo de ensino e aprendizagem.Enfim, são muitas as reflexões e elas envolvem toda a comunidade: crianças, pais, professores, gestores, equipe técnica etc.

Pesquisa de Campo

Entrevista – Professora R. Assis (Município Nova Iguaçu)
1) De que maneira a mudança do ensino fundamental para 9 anos modificou sua prática de ensino na sala de aula? Quais os meios de intervenções e a dinâmica utilizada por você?
Não modifiquei minha prática de ensino por causa dessa mudança. Considero-a apenas uma nova nomenclatura, com as mesmas responsabilidades e desafios.

2) De que maneira ocorre a interação de todos da escola visando o desenvolvimento escolar do aluno?
Obs: entenda como todos os: coordenadores, diretores, membros de conselho escolar, alunos, funcionários, representantes da comunidade, professor.
Essa interação acontece por meio da vigilância do comportamento dos alunos, apenas com a função de discipliná-los, e do próprio professor, quanto ao seu horário de trabalho, apresentação do diário, plano de aula, preenchimento dos relatórios descritivos. Até mesmo os conselhos de classe, são apenas para mostrar os resultados, e não para tentar discuti-los ou solucioná-los.

3) Quais subsídios fornecidos pela escola para que você realize aulas mais criativas com seus alunos?
Obs: se a escola não te fornece subsidio, responda: De que maneira você contorna essa situação?
O único subsídio que a escola oferece são alguns livros da biblioteca, que na verdade, não é bem uma biblioteca. Para contornar a situação, compro alguns materiais para a confecção de cartazes e para trabalhar com eles na sala de aula, já que muitos deles não têm sequer um caderno e um lápis para escrever. Também, faço uso de muitas xerox para as atividades diárias que são custeadas por mim.

4) Qual sua visão sobre esses alunos? E, quais dificuldades você encontra para ensiná-los?
São alunos que vêm à escola com interesse em aprender algo, mas muito mais por causa da merenda. A maior das dificuldades é a falta de recurso material, seguida de apoio pedagógico e qualificação para os professores.

5) Você se considera um professor-pesquisador? Como você reflete sobre suas práticas, seu trabalho? De que maneira você se qualifica?
Considero-me um professor-pesquisador porque procuro ler livros, busco sugestões que melhorem o meu trabalho em sala de aula e me façam compreender melhor o processo de alfabetização. Reflito minhas práticas por meio dos resultados que os alunos apresentam, esse é o caminho para que eu possa interferir na aprendizagem.




Entrevista – Professora R. Ferreira (Município Belford Roxo)
1) De que maneira a mudança do ensino fundamental para 9 anos modificou sua prática de ensino na sala de aula? Quais os meios de intervenções e a dinâmica utilizada por você?
Como a maioria das políticas em educação, pouco se percebe uma diferença na prática escolar. As maiores mudanças só ocorrem mesmo no papel. Vejo que só mudou o nome de uma série CA(Classe de alfabetização) para 1º ano de escolaridade, recebendo assim as crianças com seis anos de idade. A Lei 11.274 de 2006 que programa o ensino de 9 anos, ao mesmo tempo não modifica o cenário escolar dando melhores condições de aprendizagem para estes mesmos alunos.

2) De que maneira ocorre a interação de todos da escola visando o desenvolvimento escolar do aluno?
Obs: entenda como todos os: coordenadores, diretores, membros de conselho escolar, alunos, funcionários, representantes da comunidade, professor.
Existem as reuniões de planejamento onde se discute as dificuldades dos alunos, os programas, os conteúdos. O grande problema é que a maioria das decisões não chega a se traduzir em ações diretas para modificar ou até mesmo criar novas formas de ensino. Com isso, o aluno continua com suas dificuldades e não se desenvolve como poderia e deveria se desenvolver.

3) Quais subsídios fornecidos pela escola para que você realize aulas mais criativas com seus alunos?
Obs: se a escola não te fornece subsidio, responda: De que maneira você contorna essa situação?
Quase nenhum. O que a escola oferece e quando oferece, são folhas de oficio e stencil. Há alguns aparelhos como televisão e rádio que podem ser utilizados pelos professores. Fora isso, qualquer outro recurso tem que ser levantado pelo professor. Há muitos materiais que utilizo para produzir jogos e atividades diferenciadas com a turma que eu mesma compro. Aproveito e reaproveito tudo o que percebo que pode ser utilizado em sala para aprendizagem do aluno.


4) Qual sua visão sobre esses alunos? E, quais dificuldades você encontra para ensiná-los?
São alunos que já se conformaram com a forma escolar de ensinar, de cobrar, de avaliar. Alunos que já não esperam muito da escola que fazem parte. Ou melhor, nem se sentem parte dela. São tratados por muitos “mestres” com certa indiferença.
Quebrar estes paradigmas da escola não é fácil, mas possível. A maior dificuldade que encontrei em ensinar foi fazer com que as crianças se sentissem capazes. Mesmo antes de tentar resolver alguma tarefa proposta, já diziam que não conseguiriam. E como? Se nem ao menos tentaram? E se tentássemos juntos? Comecei a ver resultados. Mais motivação, mais interesse.
Certa vez uma aluna chegou pra mim e disse: “que bom né tia, agora todos estão aprendendo...”
Imaginei quantas vezes esta aluna ouviu que ela não sabia ler e escrever. Mas agora estava aprendendo como toda a turma. Ela não se sentia menos por suas dificuldades, pois estava aprendendo, mesmo que no seu ritmo.
Se o aluno não se perceber como capaz, será inútil qualquer forma de ensino, por mais elaborado que seja.

5) Você se considera um professor-pesquisador? Como você reflete sobre suas práticas, seu trabalho? De que maneira você se qualifica?
Estou sempre pesquisando sobre este mundo da educação, tão contraditório. Há coisas na prática que busco entender melhor lendo, pesquisando. Assim também como há teorias que busco visualizar na prática. Busco sempre estreitar estes dois lados, para me tornar uma melhor professora e contribuir cada vez mais, com uma prática diferenciada, para o real aprendizado dos meus alunos.

3 de dezembro de 2009

Aumenta o número de matriculados no Ensino Fundamental

Um relatório do Ministério da Educação destaca o aumento das matrículas no novo Ensino Fundamental de nove anos. No primeiro ano do Plano de Desenvolvimento do setor, o índice passou de 32 para 44%. Com a mudança, a previsão é de que aos seis anos a criança esteja na primeira série do ensino fundamental, concluindo a etapa aos 14. O Centro-Oeste registrou o maior crescimento entre 2005 e 2007, com alta de 244%. O relatório, no entanto, não aponta grandes avanços no ensino médio, classificado como "o elo mais frágil da educação básica".
( Band News, Fernanda d'Avila)

Cai índice de matriculados nos Ensinos Fundamental e Médio


Dados preliminares do Censo Escolar 2008 mostram duas tendências da educação brasileira: o aumento do atendimento da Educação Infantil e a queda no número de matrículas do Ensino Fundamental. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. A diretora de estatística da instituição, Maria Inês Pestana, considera pequena a queda em relação com o ano passado, e diz que as matrículas para o Ensino Médio também diminuíram. A diretora do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais lembra que o Ensino Médio não é considerado tido como obrigatório pela legislação do país. Por isso, Maria Inês Pestana classifica como muito positiva a iniciativa do Ministério da Educação de ampliar para 14 anos a educação obrigatória no Brasil: Atualmente, a lei prevê 9 anos de educação obrigatória no Brasil.
(Band News)

20 de novembro de 2009

Ensino Fundamental de Nove Anos

De acordo com a lei de número 11.274, a partir de 2007, o Ensino Fundamental passará a ter nove anos. Este ano a mais irá ser acrescentado no início do Ensino Fundamental. Basicamente as crianças entraram com 6 anos, ao invés de 7 anos. Para tanto os Estados e municípios terão até o ano de 2010 para se adaptarem à nova lei.
Um dos objetivos claros propostos pelo MEC é ter mais crianças nas escolas e proporcionar mais tempo de escolaridade. Todavia, devemos estar atentos para o fato de que a inclusão desses alunos de seis anos não deverá significar somente a antecipação dos conteúdos e atividades que tradicionalmente foram compreendidos como adequados à primeira série. Destaca-se, uma necessidade de se construir uma nova organização e estrutura no ensino fundamental de nove anos.
Esta nova forma de construir uma estrutura e novo modelo passa pela aplicação de formas mais lúdicas, valorização das características de cada indivíduo. E acima de tudo trazer este currículo para debate com as escolas. De acordo com o MEC a metodologia de avaliação será alterada. Rompendo com a prática tradicional de avaliar por notas e conceitos aumentando o tempo de aprendizagem do aluno, que por conseqüência traz um maior tempo de alfabetização.
O processo de ingresso do aluno irá depender de cada instituição de ensino. Mas no geral, as escolas adotar um certo período para realizar a transição entre os dois modelos. Uma preocupação evidenciada com esses modelos ocorre pelo fato de algumas instituições encararem esta mudança, apenas como uma mudança de nomenclatura.
Vejamos esta tabela ilustrativa:


9 anos 8 séries
1º ano Jardim III
2º ano 1ª série
3º ano 2ª série
4º ano 3ª série
5º ano 4ª série
6º ano 5ª série
7º ano 6ª série
8º ano 7ª série
9º ano 8ª série

Portanto, devemos promover uma capacitação dos profissionais propondo a mudança nos métodos de avaliação exigindo pessoas mais preparadas. Segundo dados do MEC, desde 2004 os professores estão sendo capacitados através de documentos com objetivo de atualização e orientação pedagógica.